Histórias de Parto


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Parto Lizandra - Chegada do Pedro em 02 de fevereiro de 2012
Casal: Lizandar e Rogério

Minhas lindas parteiras, Ká e Nati:
Vou escrever para as duas pois assim parece que estamos tendo um conversa....rsrsrs...
Eu não tenho palavras para agradecer o que vocês fizeram por mim, vocês não tem idéia, ou talvez até tenham do que fizeram....vocês me pegaram pela mão e me levaram para um lugar que eu nunca achei que fosse para mim...hoje eu confio em mim, sinto que está nascendo uma pontinha de autoestima (estranho isso no puerpério....rsrsrsrs....), sim, eu já não tinha isso há tempos, sé é que um dia tive......
Vou tentar ser breve (coisa difícil para mim....rsrsrs...) na verdade tinhamos que ter conversado um pouco antes do parto, mas para variar demorei demais para decidir e não deu tempo!
Vocês devem ter percebido que meu relacionamento com minha mãe é meio, digamos assim, peculiar, eu a amo e sei que ela também me ama, mas sempre (lógico que inconscientemente) me culpou pelos problemas na sua vida, casou contra vontade, foi "torturada" pelas famílias dela e do meu pai, tudo isso porque eu apareci na vida dela naquele "complicadíssimo TP e parto" de seis horas, mas, enfim, ela é minha mãe e enfrentou muitos problemas na vida e eu percebo que ela não conseguiu lidar muito bem com eles. Inclusive meu relacionamento com meu pai, para ela, ele me trata diferente da minha irmã, tem "preferência e admiração" por mim, loucura total. Eu passei minha vida ouvindo que as ecolhas que eu fazia "não eram para mim", inclusive o parto, ela dizia que eu não ia dar conta da dor, bom para vocês terem uma idéia, até hoje ela me liga e fala que talvez eu tenha que operar meu períneo, fazer uma plástica.....Ahhhhhh, de novo?????? Outra cirurgia plástica.........Nãããããããoooooooooo......rsrsrsrsrs. Bom gostaria de pedir desculpas a vocês por ela.
Bom, na verdade, eu não achei que ela viria aqui no dia do parto, contei a ela, pois achei importante minha mãe saber da minha decisão de que meu tão sonhado parto seria em casa, então combinamos, que, assim que Pedro nascesse, eu ligaria para ela e ela viria, bom veio antes da hora......e agora parece que ela já está melhor do "trauma", esses dias ela me ligou e disse que o Pedro nasceu na hora que tinha que ser, que ele escolheu assim, vai entender minha mãe.....
Quando o Bruno nasceu passei por uma quase separação, o Rogério diz que não estava preparado para ter um filho, é verdade que engravidamos sem planejar, mas já estavamos juntos há sete anos. Além de ter que lidar com a cesárea, que para mim foi muuuuiiiitooo difícil, tinha que lidar com um marido distante, que nem olhava direito para mim e no primeiro mês de vida do Bruno passou praticamente fora de casa, foi dolorido demais para mim e acho que até hoje ainda trago marcas disso, ao mesmo tempo que estava feliz pelo meu Bruno, sofria muito, pois até então sempre tive o apoio do Rogério e de uma hora para outra, quando eu mais precisei ele "foge", foi horrível, teve até uma louca do trabalho dele querendo consolá-lo que ligava na minha casa e falava absurdos para mim, foi horrível....parecia que tudo estava dando errado, ou seja, um momento que era para eu me sentir plena de felicidade (havia me tornado mãe) eu mais sofria do que sentia e felicidade pela chegada do meu filho, eu não conseguia ficar sozinha com o Bruno e o que não percebia era que as pessoas na minha casa, só me deixavam mais triste com os milhares de palpites....
Bom, porque estou falando tudo isso?? Para entender meu parto! Será que isso tudo, essas marcas que me fizeram sentir tanta "dor"? Eu ainda não consegui me situar totalmente, não tenho a noção do tempo real do parto, muita coisa eu não lembro exatamente como ocorreu, mas tenho a impressão que o expulsivo foi longo, estou certa?
Eu não tenho nem como agradecer o que vocês fizeram por mim! Se eu tivesse ido para o hospital, tudo teria ido por água abaixo, seria o fim! Hoje tenho plena consciência disso! E sei, também, que muitas pessoas não acreditaram em mim, mas vocês sim, o tempo todo! Meninas isso não tem preço!!! Serei eternamente grata a vocês! sei que dei uma canseira em vocês...rsrsrs, mas valeu a pena! Cada minuto, cada dor, cada ponto!
Acho que se tivessemos conversado antes do parto, as coisas teriam sido facilitadas, mas enfim, acerdito que tudo é como tem que ser!
Bom, nada que eu disser vai representar a gratidão e consideração que eu tenho por vocês! Ahhh!! e outra coisa, não sei se vocês perceberam, mas foi amor a primeira vista....kkkkk o dia que a Nati chegou e depois a Ká, nós nos conhecemos só na hora e deu tudo tão certo! lindo isso!!!!
Obrigada, obrigada, obrigada!!!!
Minhas parteiras lindas!!!
Um beijo enorme para vocês!
Ah!!! E no próximo vou usar um Epi-No!!! E vai ser um parto de três horas...kkkkkkk
Não quero perder o contato com vocês!
bjs bjs bjs

Equipe de Parto: Karina e Nathalie (obstetrizes)








Parto Amanda - Chegada da Maria Luiza em 12 de fevereiro de 2012
Casal: Amanda e Anderson


Após a confirmação da gravidez em 11/06/2011 iniciei minha buscar por um parto digno, foi então quando por volta da 26 semanas conheci a Karina, ao telefone após uma longa conversa tive a certeza que havia encontrado o que procurava.
O meu desejo era PD (Parto Domiciliar), pela intimidade e por tantas outras questões que fui descobrindo no decorrer da gestação, mas tínhamos um grande impasse, não tínhamos casa, estávamos construindo nosso, não havia lugar melhor para Maria Luiza nascer.
A Karina participou ativamente de todo o processo de descobertas, incertezas, medos, felicidade, ela virou minha confidente, todos os meus segredos mais íntimos vieram à tona e ela tornou-se meu porto seguro, não conseguia imaginar passar pelo parto sem que ela estivesse presente.
Nossas consultas normalmente eram mensais e na verdade aquilo não era consulta, era um bate papo onde eu conseguia expor tudo o que me desestruturava, conseguia dizer dos medos, das minhas relações familiares, pois existiam muitas travas no meu emocional e sabíamos que isso poderia atrapalhar o Trabalho de Parto.
Passaram-se 39 semanas e 5 dias e as 06h30min da manhã a primeira contração, bem fraca, era sábado, dia 11/02/12, tinha certeza que a Maria Luiza nasceria naquele final de semana, avisei a Karina o que estava acontecendo, ela me tranqüilizou e disse que mais tarde passaria para me examinar, passei o dia como se nada estivesse acontecendo, sai com o marido, fui a Igreja agradecer por aquele momento, almocei no final do dia ela veio me examinar, 5 cm de dilatação, Maria Luiza estava a caminho, o Trabalho de Parto prolongou-se por toda a madrugada, e eu agüentando firme, a cada contração, pensava: Agora está mais perto.
Às horas foram passando e minha energia esgotando, a Karina ali, ao meu lado, incentivando-me a continuar, relembrando toda minha gravidez, porque ela sabia o tanto que eu havia lutado e esperado por aquele momento, mas eu não agüentava mais, o cansaço era maior, não sei exatamente quantas horas foram de TP ativo, mas eu estava no meu limite, não podia transformar aquele momento feliz em um trauma, foi quando após conversar com meu marido, decidimos pela transferência, pois o TP não progredia, meu corpo estava exausto e não só isso, existiam muitas questões emocionais que impediam progressão, meu corpo e mente travaram.
Optamos por um hospital próximo a minha casa e a Karina acompanhou-me, sentia segurança com ela ao meu lado, tive um Parto Normal Hospitalar, com uma pequena episiotomia.
Maria Luiza nasceu dia 12/02/12 as 08h08min.
A Karina foi como um anjo me deu suporte físico, emocional e espiritual, ela participou na minha transformação, pois passar por tudo isso me fez mais forte, agora sim sou uma mulher de verdade.
Obrigada Karina por ter feito parte da maior e melhor experiência da minha vida.


Equipe de parto: Karina e Nathalie (obstetrizes), Rosana Oshiro (doula), Carla Raiter (fotógráfa)

























Parto Thielly - nascimento do Marcos em 16 de fevereiro de 2012

Casal - Thielly e Amaury




Equipe de Parto: Karina e Nathalie (obstetrizes), Carla Raiter (fotógrafa)


Relato de Parto


A história do meu parto em casa começa, na verdade, há 3 anos , na gestação do meu filho mais velho, o Miguel. Na época, quando soube da possibilidade de um nascimento em casa, no conforto do Lar, fiquei extasiada sonhando com isso. Mas, recém-casada, por pura ignorância e ainda mais filha do que mãe, meu marido e eu não bancamos na época: sobrava insegurança quanto ao assunto, e por pressão da família, que pregava a "falsa segurança" hospitalar, mesmo com uma gestação de baixo-risco, não tivemos coragem nem de encarar a casa de parto, onde certamente eu teria mais liberdade. Optamos por ganhar com plantonista e dei a luz ao Miguel num parto super rápido, com poucas intervenções, mas muitos protocolos, tendo sido bastante diferente do que eu imaginava, mas ainda assim uma grande vitória pois briguei muito pra conseguir parir!
Apesar de não ter sido o parto dos sonhos, foi muito bom pros padrões hospitalares, eu já tinha ido contra o sistema e na época aquilo me bastou, me fez muito feliz, mesmo com a "maledeta" episiotomia. Mas lendo outros relatos, me informando mais e mais sobre o assunto nesse tempo todo, comecei a olhar mais criticamente e vi o quanto podia ter sido melhor e vieram algumas frustrações. Mas enfim, foi o parto que fez a mim e ao meu marido reconhecermos a certeza de que eu podia sim parir, de que fui feita pra isso, não importa o que dissessem. Foi o parto do empoderamento como casal.
Mais ou menos 1 ano e meio depois do nascimento do Miguel, me descobri grávida novamente, no susto, e sofri muito com essa nova gestação, que frustrou muitos planos e colocou minha vida profissional em stand by de novo. Tive muito medo do desconhecido, medo de não dar conta de dois pequenos, e muito, muito medo de ir pro hospital e ser mandada de novo, medo de ser cortada, medo das intervenções ao invés de me entregar e deixar nascer como tem de ser. Fora o medo de deixar o Miguel por dias, não queria me afastar do nosso pequeno. Amauri também não queria nada disso.
Começou então a procura pelo profissional que nos acompanharia, e assim eu conheci a Karina, que tanto me guiou nesse processo todo.
Já no primeiro encontro tivemos certeza de que tudo daria certo. Deixamos tudo acertado e com mais ou menos 32 semanas começamos o pré-natal paralelo. A cada "consulta", em minha casa, era uma verdadeira terapia: massagens e auriculoterapia combatendo as dores e mal estar do corpo, o toque fazendo circular nossa energia, e o bate-papo ajudava a desatar cada nó de medo, incerteza, insegurança... a conversa ia fundo nas questões da alma. Eu me sentia renovada! Ah, se todo pré-natal fosse assim!
Como Mig nasceu de 38 semanas, num parto rápido, e eu comecei a perder tampão com 35 semanas, meu médico me colocou pra sossegar, e começamos a esperar que Marcos viesse pro fim de janeiro, comecinho de fevereiro. Mas completamos 38, 39, 40 semanas, e nada! A pressão da família e dos amigos começou a apertar, e após uma ultrassonografia e o médico ter procurado pêlo em ovo, só aumentou, e meus fantasmas apareceram. Os medos começaram a tomar conta e uma crise surgiu. Prontamente a Karina abordou isso.
Comecei a sossegar porque pegamos minhas ultras e elas eram diferentes nas datas, e eu tinha certeza de que estava com 1 semana a menos que o médico acreditava, porque era isso que apontava na ultra abdominal onde descobri o bebê. Ela me ajudou a comparar todas essas US até que ajudou a acalmar os ânimos. Meus fantasmas estavam sendo postos à prova, e o medo maior mesmo era ter que ir pro hospital, não queria de jeito nenhum. Conversei com ela a respeito de socilitar pro médico fazer o deslocamento de membranas, pra ver se adiantava alguma coisa, e ela achou uma boa. Na dpp oficial, eu estava de 41 semanas. De toda forma, decidimos esperar pelo tempo dele. Isso foi mudando minha energia a nosso favor. Ela me incentivou a entrar em contato com o bebê, conversar, orar, fazer o possível pra preparar o Lar pra chegada dele, mostrar pra ele que estávamos prontos pra recepcioná-lo.
Com "41 semanas e 3 dias", tinha nova consulta no pré-natal. Mig dormiu na minha sogra, pois a consulta era cedo, e não podíamos atrasar. Aquele dia estava estranhamente familiar: era uma sexta, marido em casa, só nós dois, e consulta cedinho com o médico a gestação do Miguel, aconteceu tudo exatamente assim no dia do nascimento, era um verdadeiro paralelo. Amauri e eu chegamos a comentar e rir das “coincidências”.
Na consulta, o Dr frisou que estava chegando no prazo máximo antes de eu ter que decidir por uma indução ou pela cesárea, eu propus que então fizessemos o descolamento pra ver se engrenava o tp. Ele me disse que só daria pra fazer se tivesse alguma dilatação. Até então, eu não tinha recebido toque algum, e não fazia ideia de como progredia. Quando ele fez o toque, disse que nem precisaria mexer em nada, porque eu já estava com uma dilatação muito boa, de 6 cm e prestes a entrar em tp. Detalhe: sem sentir nada! Quando sentei na cama pra levantar, ele:"aliás, acho que sua bolsa rompeu", porque um pouco de líquido escorreu,  fui ao banheiro, me arrumei, mas vi que não estava saindo, e ele me mandou correndo embora, falando brincando pro Amauri acelerar senão o bb poderia nascer na Marginal! rs.
Quando entramos no carro caiu a ficha e o coração disparou: tinha chegado a hora, o Marcos tava chegando!
Ao chegar em casa, liguei pra Ká e avisei da situação.  Marido e eu limpamos tudo e organizamos(pensem em uma gestante prestes a parir e faxinando!). Ela chegou logo depois, por volta das 11h40.Em seguida chegou a Natalie. Ligamos pra Carla também e ficamos de retornar a ligação pra ela vir quando engrenasse o TP. Ficamos conversando as três no sofá, comendo bolo e eu tagarelando, sem sentir quase nada, vez em quando uma colicazinha beeem discreta e vontade de me mexer.
Nesse intervalo elas me examinaram e eu estava com 7 cms, bolsa íntegra: foi só uma ruptura alta no consultório.
Enquanto isso Amauri foi ao açougue, e fez o almoço. Todos almoçamos e na minha última garfada, uma cólica forte e senti a bolsa romper. Olhei no microondas e era 14h22. Falei rpa terminarem de comer que eu estava bem e fui ao banheiro. A Ká ligou então pra Carla. O TP tinha oficialmente começado!!!!!!!
Desse momento até o nascimento, me lembro de ter tido 5 contrações fortes: uma enquanto ia ao banheiro escovar os dentes, que tinha uma carne presa e tava me incomodando. Me zoaram tanto, filmaram, que nas fotos saí rindo, em meio à dor (Aliás, quem, disse que dor significa sofrimento?) Além dessa, tive duas, uma em pé, pendurada no pescoço do marido e ganhando massagem na lombar, da Natalie, uma agachada no pé da minha cama enquanto a Nati massageava e verificou os batimentos do bebê, e aí pedi pra elas encherem uma bolsa de água quente pra lombar e encherem a banheira e lá foram elas providenciar as ferramentas de alívio. O bicho estava pegando e como pensei que ia demorar, e teria que me poupar pra encarar as dores, resolvi deitar na minha cama e descansar. Lembro que pedia pro Amauri me acalmar, e ele me lembrava que as contrações eram como uma onda. Lembro que pensava que cada dor era um passo mais perto do meu pequeno nascer, lembro que contava os segundos, porque li em algum lugar que as contrações duravam 15 segundos de dor horrível, e depois aliviavam.
Entre a 4a e a 5a contração, lembro que falei pro Amauri que achei posição e que queria ficar ali daquele jeito pra sempre, porque tava tão confortável, com ele me abraçando... Nisso, comecei me sentir estranha, falei pro Amauri que tinha alguma coisa errada, que tava doendo diferente, a Nati veio tirar foto e comecei "ai, meu Deus, foto não, foto não, tá acontecendo alguma coisa, tem alguma coisa saindo" (hello, que será que tava acontecendo? será q era um bb? dãr pra mim! kkkk!).
A Karina correu olhar, era o Marcos coroando. Amauri começou a filmar, e em 8 minutos, ele nasceu, sem eu fazer uma força sequer, deslizando pra fora aos poucos, naturalmente, a cada contração. Não deu tempo de ferver a água pra bolsa de água quente, nem tempo de a banheira encher de água, nem da fotógrafa chegar, nada: pari deitada, como nunca imaginei que aconteceria, porque sempre achei essa posição a mais desconfortável, sempre sonhei em ganhar na água, e no entanto, foi assim que meu corpo escolheu.
Senti o círculo de fogo forte, e ao invés de ser apressada a expulsá-lo, fui sendo acalmada, acalentada, pelos três, escutando coisas bonitas, sentindo o cheiro e a tranquilidade da minha casa, sem estranho algum presente, na maior intimidade e conforto que possa existir. Fui deixando ele vir como tinha de ser, com a Karina e a Nati só observando, monitorando, aparando, e fomos deixando meu corpo se moldar à ele, pra não se machucar.
Marcos foi respeitado em tudo. Não foi aspirado, não foi furado, ficamos nos namorando muito tempo, e o cordão só foi cortado quando parou de pulsar, pra ele aproveitar toda a oxigenação e nutrientes que eu ainda podia passar à ele. Nossos corpos foram completamente respeitados, escutados, preservados, bem como nossa intimidade! 
Era 14h56 quando meu pacotinho foi colocado em cima de mim. Calmo, mal chorou, foi massageado suavemente, aquecido em cima de mim, e as luzes foram apagadas pra não assustá-lo. Ficamos conversando todos os cinco, Marcos foi medido, pesado somente depois de ter mamado e estar em paz, tudo à meia luz.
O pós-parto foi uma delícia: banho no meu banheiro, descanso na cama macia e limpa, minha cama... Amauri, Karina, Nati e eu ocitocinados, curtindo, conversando, bem como a Carla, recém chegada que ainda fotografou cenas lindas do pós-nascimento, falando do quanto tudo correu bem, do quanto foi rápido...
Foram algumas das horas mais felizes, pacíficas e íntimas que essa casa já vivenciou, e que senti saudade todos os dias desse último mês.
Após essas horas, Miguel foi o primeiro a chegar, com os avós, pra conhecer o irmão. Infelizmente ele não estava em casa e não pôde participar - algo que eu queria e a Ká me ajudou a elaborar. Mas no fundo acho que a presença dele era um dos motivos pelo qual demorei a entrar em TP: eu tinha medo de assustá-lo de alguma forma quando estava em meio à dor.
A reação dele quanto ao irmão tem sido ótima. Regrediu em alguns aspectos, está bem manhoso, mas é muito carinhoso com o bebê. Abraça e beija o tempo todo, conversa, mostra os brinquedos... é uma delícia vê-los juntos e saber que não precisei ficar reclusa por dias sem ele, pra dar conta da chegada do outro.
O que eu posso dizer sem sombra de dúvidas é o quanto essa experiência toda foi intensa, transformadora e rica. Ter a ajuda de pessoas tão abençoadas, iluminadas me levando de encontro à minha natureza é um presente que vou guardar com carinho e me lembrar pra sempre com muito orgulho, e que por toda luz, espero manter o contato indefinidamente. Dessa vez, ao contrário da primeira experiência, sei que só terei coisas boas a me lembrar. Se esse foi meu último parto, sei que encerrei com chave de ouro!

Um comentário:

  1. Minha irmã querida!!! Você foi muito forte esse dia!...e ainda bem que conheceu duas profissionais como a Karina e a Nati!
    Eu também tenho muito a agradecer as duas, afinal de contas vocês que estavam lá, mesmo não tendo acompanhado tudo desde o começo da gestação...
    Com toda certeza o profissionalismo e a segurança que a Karina e a Nati têm fizeram com que minha irmã optasse pelo parto domiciliar e que tudo acontecesse da maneira que aconteceu!
    Claro que foi cansativo para todos, mas para mim, como a tia coruja do Pedro, não tem emoção maior do que ver chegar ao mundo uma criança linda, saudável e pelas mãos de duas profissionais maravilhosas!!!
    Obrigada!!!

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