A alta incidência de cesarianas desnecessárias é motivo de preocupação mundial. Estudos demonstraram que os benefícios conferidos ao feto pela cesariana são pequenos. Além de o procedimento se associar a maiores taxas de mortalidade materna, aproximadamente quatro a cinco vezes maiores que o parto vaginal, está também associado ao aumento da morbidade e mortalidade perinatal.
Assim, a decisão para realização de uma cesariana deve ser criteriosa e discutida com a paciente. Realizou-se uma revisão da literatura em busca das melhores evidências disponíveis sobre indicações de cesariana. Foram abordadas algumas indicações, como placenta prévia, descolamento prematuro de placenta, vasa prévia, placenta acreta, infecção por HIV, herpes genital, hepatites e por HPV, condiloma genital, gestação múltipla, prolapso do cordão umbilical, distensão segmentar e ruptura uterina.
Observou-se que a cesariana está formalmente indicada em algumas situações particulares, como na placenta prévia total. Em outros casos, pode haver indicação de cesárea intraparto, porém situações como HPV e gemelaridade não representam per se indicações de cesárea.
Quando essas são relativas, tanto a mulher como seus familiares devem ser informados, e sua opinião deve ser considerada antes de se decidir pela realização da cesárea.(AU)
fonte: Souza, Alex Sandro Rolland(org); Amorim, Melania Maria Ramos(edt); Porto, Ana Maria Feitosa(edt). Femina;38(9), set. 2010
Eliane Marques
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